A inflação em Belo Horizonte nestas primeiras semanas de janeiro está em aceleração, mas em ritmo menor do que o registrado no primeiro mês do ano passado. É o que mostra o relatório da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Enquanto os resultados registrados até o momento mostram uma alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 1,51%, o índice da segunda semana de janeiro de 2024 foi de 1,61%. Em relação ao mês anterior, houve alta, pois o IPCA de dezembro ficou em 0,31%, enquanto o acumulado dos últimos doze meses foi de 7,55%. Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito(IPCR) da capital mineira, que considera os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos, também teve alta de 1,32% nesta segunda medição de janeiro, mas em ritmo menor que os 1,93% de janeiro passado. O custo da alimentação continua subindo, dentro e fora de casa, enquanto os aumentos dos itens "excursões", "empregado doméstico" e "tarifa de ônibus urbano" trouxeram os maiores impactos sobre a inflação. 

Em participação no programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta quinta-feira, 23 de janeiro de 2025, o economista da Fundação Ipead Diogo Santos apresentou mais detalhes sobre esses números e deu orientações para lidar com a alta dos preços.

Outras informações em ipead.face.ufmg.br.

Inflação em BH está em aceleração em 2025, mas ritmo é menor que o observado em janeiro de 2024

A alimentação, em geral, ficou mais cara ao longo de 2024 e a alta de preços se mantém neste ano. Na última sexta-feira, 24 de janeiro de 2025, o presidente Lula convocou uma reunião com os ministros para discutir medidas governamentais que possam contribuir para reduzir o preço dos alimentos. A questão tem sido um ponto de preocupação e alerta no governo federal desde o começo do ano passado, quando pesquisas de opinião identificaram que o custo dos alimentos estava impactando negativamente na avaliação do governo e do presidente. Desde 2024, o governo vem dizendo que, entre os fatores que elevaram o custo dos alimentos, estão os eventos climáticos extremos, que atrapalharam a produção do país. 

A alta do dólar nos últimos meses também é apontada como um fator que tem influência no cenário. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmaram que a expectativa do governo é uma diminuição no preço dos alimentos nos próximos meses, em função da trajetória do dólar, que a equipe econômica espera ser de queda, e de uma safra recorde, prevista para este ano. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, uma das ações em análise para a redução do preço dos alimentos é diminuir a alíquota de importação de mercadorias que estejam mais caras no Brasil em relação ao mercado externo. O governo também vem estudando mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) para conseguir baratear os alimentos. A proposta é avançar com a portabilidade dos cartões refeição (VR) e alimentação (VA), o que poderia reduzir a taxa para as operadoras entre 1,5% e 3%, com reversão para o trabalhador. 

Essas discussões foram debatidas, no programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta segunda-feira, 27, em entrevista da jornalista Luíza Glória com o professor de economia Rafael Ribeiro, do Cedeplar/UFMG, pesquisador do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made USP).

Governo estuda reduzir impostos de importação para diminuir preços de alimentos

Técnico do Sistema de Acompanhamento de Informações Sindicais (SAIS) do DIEESE, Luís Ribeiro, comenta os resultados de 2024 das negociações coletivas. Os dados são do boletim De Olho nas Negociações. 

Data do comentário: 28/01/2025

De Olho nas Negociações 52
https://www.dieese.org.br/boletimnegociacao/2024/boletimnegociacao2024.html

De Olho nas Negociações: resultados de 2024

MONEY TALKS aborda as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que para variar  tumultuou o cenário político na semana. O petista pediu para que a população não compre alimentos que ficaram caros para que, dessa forma, os produtores, distribuidores e vendedores fiquem “obrigados” a baixar os preços. É um disparate, pois gêneros de primeira necessidade em versões populares estão inflacionados e quase não possuem substitutos. Lula ainda colocou a conta da inflação no dólar ao afirmar que a moeda norte-americana subiu no Brasil por culpa do Banco Central (BC) na gestão de Roberto Campos Neto, que “armou uma arapuca para o país". Nesse cenário, nossos debatedores abordaram a guerra dos bonés, com políticos da situação e oposição mandando recados tolos. A base do PT veio com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”. A oposição, “Comida barata novamente – Bolsonaro 2026”. Até o  ex-ministro e recorrente presidenciável Ciro Gomes (PDT) veio com uma montagem: “Vão trabalhar, vagabundos”. Participaram o publisher de MR, Aluizio Falcão Filho, o editor-chefe, André Vargas, e os editores Lorena Giron e Rodrigo Dias.

330 - Podcast: Lula sendo Lula; alimentos caros; guerra dos bonés

Professor Sérgio Kuhn traz pesquisa de preços e comportamento do consumidor.

O ano de 2024 começou com um aumento de 1,43% no preço da cesta básica em Dois Vizinhos, segundo pesquisa realizada pelo Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD) da Unioeste de Francisco Beltrão, em parceria com o professor Sérgio Luiz Kuhn, da UTFPR de Dois Vizinhos. O estudo, que utiliza a metodologia do Dieese, revela um cenário de alta nos preços dos alimentos na cidade, contrastando com a queda observada em Pato Branco (-6,84%) e o aumento em Francisco Beltrão (4,92%). Diante desse cenário, o Programa Sete e Meia recebe hoje o professor Sérgio Kuhn para uma discussão aprofundada sobre a pesquisa de preços e o comportamento do consumidor na região. Com vasta experiência nas áreas de administração e economia, o professor Kuhn é o coordenador da pesquisa em Dois Vizinhos e trará insights valiosos sobre os dados coletados e suas implicações para a economia local. A entrevista abordará temas como a inflação e seus impactos no dia a dia dos cidadãos, as variações de preços dos alimentos que compõem a cesta básica e as tendências de mercado que influenciam o comportamento do consumidor. O professor Kuhn também falará sobre as expectativas para a economia local e a economia em geral, considerando os desafios e oportunidades que se apresentam no cenário atual. Com a apresentação da jornalista Renata Pagnoncelli, acompanhe a entrevista e interaja conosco através das redes sociais da Rádio Educadora de Dois Vizinhos. Acompanhe as notícias da sua cidade e região no Portal Educadora: www.educadoradv.com.br

EducadoraFM | ViziFM

Sete e Meia 17/02/2025 Economia: oscilação de preços e impactos em nossa região

Em janeiro, cesta básica ficou 1,43% mais cara em Dois Vizinhos. Saiba mais na reportagem de Renata Pagnoncelli.

Cesta Básica

Economia
Professor Sérgio Kuhn explica o termo “perda de poder de compra” na reportagem de Renata Pagnoncelli

Poder de Compra

Será que é verdade que o Brasileiro precisa trabalhar mais de 5 meses para pagar impostos? Acompanhe na reportagem de Renata Pagnoncelli.

Impostos no Povo

Nesta terça-feira, 18 de março de 2025, o economista Diogo Santos, da Fundação Ipead (Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais), vinculada à Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, explicou, em entrevista à jornalista Luíza Glória, no programa Conexões, os fatores que têm causado o aumento nos preços de itens como azeite, cacau e café.

A alta dos alimentos tem sido uma preocupação para o brasileiro, e é um movimento que tem se repetido em diversos países. Parte desse fenômeno está ligado às mudanças climáticas, que afetam o ciclo de produção de diversos gêneros agrícolas. 

A proximidade da Páscoa chama a atenção para o preço do cacau, matéria prima do chocolate. De acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o preço do cacau subiu 189% no último ano, com um pico de 282% no período. A disparada já é sentida no dia a dia no Brasil: as barras de chocolate e bombons ficaram 16,5% mais caros nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é que com os ovos de Páscoa não seja diferente.

Outra tradição desse período é o peixe, que também tem tido alta no preço. Quando se pensa no tempero com azeite de oliva, o cenário também não é animador. O produto, que já não é barato, tem se tornado artigo de luxo. Como grande parte do azeite utilizado no Brasil vem de Portugal, líder disparado, e da Espanha, o consumidor está sujeito às secas intensas na Europa. 

O café, item apreciado no país e em Minas, também tem ficado cada vez mais caro: relatório da FAO publicado na última semana mostrou que o preço mundial do produto subiu 38,8% em 2024 na comparação com a média do ano anterior. A projeção da entidade é que, apesar de o encarecimento levar cerca de um ano para chegar aos consumidores ao redor do globo, o impacto deve durar por pelo menos quatro anos. No Brasil, a inflação do café foi de 66,18% no acumulado dos 12 meses em fevereiro, segundo o IPCA.

Economista do Ipead explica o que tem causado alta do preço de itens como cacau, azeite e café

MONEY TALKS comenta os motivos - há muito explicados - que fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. ￼Para a surpresa de ninguém atento, autoridade monetária informou que parte da culpa vem das incertezas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). Em relação ao Brasil, o texto informa que a economia está aquecida, apesar de sinais de moderação no crescimento. Nossos debatedores também analisam a aprovação da Lei Orçamentária Anual (PLOA). O projeto saiu com três meses de atraso e com sujeição ao arcabouço fiscal, com teto de gastos de R$ 2,2 trilhões e uma folga de recursos (superávit) estimada em R$ 15 bilhões, valor mais de quatro vezes o previsto no texto original. Seria um bom plano, não fossem as dúvidas sobre a capacidade do governo de manter as contas daqui para frente. Para contentar a base aliada, estão previstos R$ 50,4 bilhões em emendas. Por fim, a medida do governo para isentar a taxação do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil também foi abordada como um grande aceno à classe média, segmento que concentra o descontentamento com o governo. Participaram o publisher Aluizio Falcão Filho, o editor-chefe André Vargas e os editores Lorena Giron e Rodrigo Dias.

342 - Podcast: Juros combinados; Orçamento mágico; classe média isenta

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) - www.dieese.org.br

A Rádio UFMG Educativa é uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com transmissão de programação diária na frequência 104,5 FM, para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e on-line, pelo site http://ufmg.br/radio. Inaugurada em 6 de setembro de 2005, a emissora oferece uma programação diferenciada e alternativa aos formatos e gêneros musicais já existentes no mercado. Referência em produção radiofônica entre as rádios universitárias do país, a UFMG Educativa tem a missão de dar visibilidade à produção de conhecimento da Universidade, por meio da comunicação pública da ciência e do fomento à discussão constante de temas relacionados à educação e à cultura. A emissora está vinculada ao Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom) e é composta pelos núcleos de Jornalismo, Operações e Programação.

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