Tem coisa que o corpo fala,
antes do som, antes do nome.
Respira — sente o tom.

Te encontro na esquina do incerto,
olhar aberto, coração desperto.
No reflexo do vidro, teu gesto,
é verso, é manifesto.

Tua pele diz o que o mundo nega,
mas a noite entrega — devagar.
O toque é simples, mas carrega
tudo o que a gente quer guardar.

Entre o medo e o riso,
entre o risco e o abrigo.
Te chamo com calma,
metade alma, metade perigo.

Deixa ser, deixa ficar,
o amor que inventa o ar.
Teu nome no meu somar,
metade luz — o resto é mar.

[Verso 2]
No fio da tua voz, um templo,
sagrado e leve, sem exemplo.
Eu me visto de silêncio,
e danço dentro do tempo.

As ruas guardam nossos passos,
discretos, mas cheios de abraço.
E quando a chuva vem, eu rio,
teu perfume é o desafio.

Entre o medo e o riso,
entre o risco e o abrigo.
Te chamo com calma,
metade alma, metade perigo.

Deixa ser, deixa ficar,
o amor que inventa o ar.
Teu nome no meu somar,
metade luz — o resto é mar.

Deixa vir, deixa tocar,
meu peito quer te chamar.
No escuro, teu farol,
metade céu, metade sol.

Te vejo e me vejo também,
sem moldura, sem ninguém além.
Corpo livre, fé sem lei,
teu toque diz — “eu sei.”

Deixa ser, deixa ficar,
o amor que inventa o ar.
Teu nome no meu somar,
metade luz — o resto é mar.

Sopro no ouvido: “fica.”
A noite respira — rica.
Amar assim — política,
pura, pacífica.

Deixa ser (MPB Soul reload)

For ten days I'm in RELOAD mode, reworking all my creations from the past twenty days and transforming them into a different musical universe
The entire sound is in my hands. I write cyber poetry, produce, and compose every track ready for Immersive 3D. Every beat is crafted for spatial and next-gen headphones.
Intimate lyrics, total immersion, every track.

For 30 years I kept unfinished demos to myself, never letting them out. Now I finish what I start and release it the moment it’s alive.

Deixa ser (MPB Soul reload)

Terminalose