segunda faixa da mixtape "ágosto"
composição por Sui / @fujjjao__ 
mix/master por @f1lhodocaos 
instrumental por 13th


- aóticadumpobrediabo -


a transparência escorre enquanto trago 
respirando fraco
gasto quanto dá , quanto faço 

fotos mentem , registrei os estragos
de tanto que eu perdi tempo os relógios cansaram
enquanto quadrúmano

em tudo que eu tento , falho
cássia , até hoje não aprendi a amar
domingo "o outro" - tatuar minha alma

guarda-roupas e ressentimentos 
acenda as luzes , as vítimas não atuaram
longe de mim , eu sou tão ruim que eu fiquei mago

escrevendo rimas pra quem se foi
errado , por me deixar pra depois
palloma , nunca me viu como eu a vi nos sonhos -
nua , como se cria as músicas 
quando vira trabalho perde a graça , conciliar 

só restaram drogas , não posso aliciar
e deixar de pensar num aperto de mão entre fidel e ustra -
fosse hoje

sei que o sonho assusta , 
mas prefiro imaginar os nossos filhos melhores que os nossos pais
melhor do que fizemos , efeito

a estrutura te segura num parâmetro 
e eu rimo desse jeito , sujeito
ignorante como eu sempre fui
como eu ei de ser pra sempre

perseguido eu já nasci , "demorô"
os meus heróis faziam free

acordo tenso
sci-fi ; e eu cresci sem wi-fi
tive fibra , sem pai

apenas do que capto me convenço 
eu não acredito em verdades , vivo em silêncio 
olhei nos olhos tristes do diabo


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o tempo dissolve as certezas






a ótica dum pobre diabo

quinta faixa da mixtape "ágosto"

composição/voz por @fujjjao__
cap/mix/master por @f1lhodocaos
instrumental por ysp

- asombradasdúvidas -


eu devia ter sido mais rápido 
era ela na esquina , era outro cara
e eu tô sempre usando essa máscara 
pra se ver não tem fórmula mágica 
quantas dola eu preciso até ter nas mãos um ep?
quantas páginas?
quantos rolê que eu deixei de ir pra te ver ,
e eu sempre fui assim , invisível 
dizem que é vantagem 
romantizando meus erros , barulho de chuva
em recife não se entende dor ou mixagem
nós fomos os primeiros a se acordar , dessa vez
accípetrs , o sol sai
nós voamos na brisa , 
brindando aos domingos nossa estupidez 

compreenda o que é cortesia -
o descanso no sétimo dia
a morte é um abrigo 
e voce faz seu próprio castigo ,
sua própria mágoa , seu próprios tdestino
não implore por carinho
não mais fingirei que me importo 
nunca , nunca

amanhã nunca mais caio na teia ilusória 
são aranhas cínicas 
o mundo tá em guerra mas minha intenção é leve
roubaram meus títulos , também ganhei roubado , então foda-se
as vezes me engano sobre mim mesmo
corre não descansa e não sai do lugar
como se eu fosse Bisoro , medodetentar
não me dê conselho
eu não me escuto , eu não te escuto , eu não escuto mais nada
aceitando o que merecemos tal André Medulla
sair pra rua dependen'do clima
hoje o quarto é bagunça , assusta - lombraerrada
não acostume-se com o que te frustra
nunca dou dicas só externo a experiência própria 
eu preciso dessas palavras pois eu sei que fere , 
também sei que cura
foda-se a mensagem , eu no estúdio , é reforma
minha trip é ego mas boçal me ativa a preguiça 
e eu não me sinto mal mais , bote fé -
ansioso por você 
uma cerveja antes do almoço , eu tô pensando melhor
entre o caos e o gozo , não me contive
de cabeça erguida
eu não me vejo mais só , sim , me sinto livre
intervalos da semana ; trabalhando a bílis 
rimo sobre quando me calo , falo do que penso
penso e logo faço , 
tudo que nos ensinaram é comportamento 
a felicidade é uma pílula , 
e você não tem coragem de fugir 
sair fora do aeu engarrafamento - indistinto
sei bem que é maior do que nós somos a sombra das dúvidas 
complexo do desengano - rejeição ; instinto 
a noção é uma ciência 
e todos mentimos , flor
mas eu não minto aqui ,
cansei de tudo , cresci sem nada


a sombra das dúvidas

última faixa da mixtape "ágosto"

composição/voz por @fujjjao__
cap/mix/master por @f1lhodocaos
Instrumental por fryksen

- adianto -


revertério em linhas
tordo do distrito norte
batráquio em água doce

dalilas e ósculos 
apnéia - enquanto os sorrisos ainda me prendem
me misturando me costuro
diretrizes do envolvimento que não cabem
enrolado , eu nunca soube
ela conta o que eu já sei , e eu finjo que resolve , amor

o que nós quer não se resume
quem eu não matei ainda , me sente

e não há palavras que possam escrever o medo
eu não posso explicar , mais vale a descoberta 
fugi da escola sem pensar , dormi de porta aberta
respeito tudo ao meu redor
garanto minha volta à casa andando só 

chego , não deixo mais lama no chão da sala
perdendo a discussão só pra não perder a fala
cansado , guardando a voz pra outra hora
eu não me importo , me adianto agora , me saio


brio ; hoje
sei que o vazio atravessa todo agasalho 
eu não me sinto protegido por nenhuma telha
já que eu sou a fumaça dos lugares onde for
substituível , 
e eu me conformo as vezes , tento me bastar

preciso cuidar do que interessa
a pressa me estressa , eu preciso fumar 
sair pra pensar
são tantas bocas e eu não tenho nada há perder

sabe lá , o que é não ter e ter que ter pra dar
agradecer quem merece 
mas há quem queira cobrar o que não oferece
economizo "memo" - (esquece)

e eu tô de cara mas eu não te peço 
dispense porra
me joga fora , mas quando não tem me agarra
cvxorrv , 
me chama , mastiga e cospe - rasga
e quando eu vou...
sofre ou finge??...não sei
não temos forma.

Preciso de um Álibi (Prod. Cassol)

SERVO