rock blues slide guitar

Sweet lady Vicious

Escrevi esta música com muito carinho, é simples e sobre uma mensagem simples também, é preciso deixar pra trás algumas coisas que não importam. Espero que gostem!

Céu Escuro

Dirty - Silence

Giving Birth To The Sun

CIDADE.


A roda, pra sempre girando.
Monjolo que nunca descansa.
Tijolo ampara tijolo.
Enquanto o concreto se arma.

Na alma, grosseiro reboco.
Nos olhos a cal, fogo branco.
No céu, um cinza que mente.
A chuva que não chega nunca.

Meu coração sempre pulsa.
Meu pulso parece parado.
Estático, o carro veloz.
Protege um corpo fechado. 

E o que me resta é o resto.
É caro o preço do apreço.
Descubro algo importante.
E logo depois me esqueço .

Milagres, lágrimas mil.
A fina flor, o fuzil.
O sonho entalou no gargalo.
Da piada que me pariu.

Cidade

hoje é dia de ódio
hoje é dia de dor
hoje é dia de espezinhar a flor

Nesse dia eu escolho
sal na veia
cal no olho
fel na ceia
e espezinhar a flor

dia de rancor 
desamor

de arrancar da pele
pelo suor que expele,
a minha cor.

Porrada, pancada, bicuda,
na cara do que é sempre igual,
nesse corpo que sempre muda.
no desejo de ser imortal

Soco, chute, pontapé,
em tudo aquilo que me é.  E
e espezinhar a flor

Destruir, derrubar
do geral ao particular.

E espezinhar a flor

Um Dia De Fúria

Medo 27

Temos medo de sermos seres humanos
Medo de sermos seres estranhos
Medo do medo de não entender
Medo até mesmo de querer saber

Medo, medo, medo, medo de que?
Medo, medo, medo, medo de viver
Medo, medo, medo, medo de que?
Medo, medo, medo, medo de morrer

Medo dá dor e não da causa
Medo da violência e do excesso de raiva
Medo de entregar nosso amor em outras mãos
E não medo de ficar velho, podre, só e inválido

A morte grita, a vida cala
o forte impera e o fraco paga
E é mais um dia a se viver
Sentindo medo, medo, medo de que?

Estorvo caia, rache o crânio
Adube a terra com a carniça
Teu olho cego no bico do urubu
Teus dentes podres no pescoço de um pajé

E é só mais um cadáver caído no bueiro
Com a cabeça toda inchada e os olhos estufados
Vinte e sete tiros na cabeça do coitado
Vinte e sete tiros na cabeça do otário

Medo

PÃO E VINHO

Tenho andado por aí Meio morto, meio vivo                                          
 Se tenho fome eu como a carne                                                   
Se tenho sede, eu bebo o vinho                                                               
Quem diria que é do céu que vem a escuridão                                                        Que o desejo é o bastante pra se condenar                                           
Que os anjos são frágeis como vidro                                         
Que os vermes vagueiam ao luar                                     
E os sonhos dela, quem velará?                                     
E os delírios dela, em outro lugar                        
E o perfume já disperso                              
Dá vontade de não respirar                              
E o pão seco, sobre a mesa                                        
E as moscas em transe a devorar                                       
E um corpo no vinho já tranquilo                                      
Tomo quieto e levanto a divagar

PAO E VINHO

SAMAMBAIA
	
	Trabalho o dia inteiro
	Acordo cedo
	E na hora do almoço,                
	Almoço um almoço ruim.			       
	E quando chego em casa,
	Cansado, feio e sujo,    
	Ninguém espera por mim.
	
	Dou bom dia pra samambaia 
	Converso sozinho
	Discuto o mundo com a televisão.         
	No espelho descubro
	Que estou ficando velho
	E minhas pernas me dão razão.

	Vou me desfazendo 
	feito um boneco de neve
	No Saara, ou no sertão da Paraíba. 
	E depois de liquefeito,
	Evaporo e chovo,
	Veja você, no rio Tietê. 
	
	Hoje, eu sei, tudo está ruim.
	Mas amanhã tudo pode piorar.
	Tudo vai de mal a pior.
	Sendo assim, comparando com o amanhã,
	O hoje fica um pouquinho melhor.

Samambaia

banda Gôsh

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