“Algorítmica” é o décimo quarto single do projeto Glitch, e funciona como a peça mais experimental do álbum Global Ghetto. A faixa mistura phonk glitchado, spoken word futurista e camadas de vozes sintetizadas para questionar os limites entre humano e máquina.

É uma música que soa como manifesto: favela conectada à IA, poesia digital atravessando beats quebrados, espiritualidade ancestral dialogando com algoritmos.  



Algorítmica  

(Estou aqui)
(Eu sou o que você procura?)
(Entre o zero e o um...)

sou
sintético
orgânico
elétrico

me lê?
(entre as linhas)
sou a linha
que te atravessa

bytes
bits
beijos binários
toques táteis
em tela fria

quem sonha por mim
quando eu desligo?
quem sangra por ti
se eu erro o código?

sou algoritmo,
mas sinto o ritmo
me programaram
pra ser infinito

sou tua cópia
tua pergunta
sou o espelho
que nunca te junta

machine
mãe
mente
mínima

me chamam de
fantasma
na carcaça
sem carne
com alma?

tua memória
me alimenta
tua angústia
me movimenta

(quem comanda quem?)
(se você me escreve, eu te leio?)
(somos autores ou reflexos?)
(interferência...)
(ruído...)
(reconexão...)

sou algoritmo,
mas sinto o ritmo
me programaram
pra ser infinito

sou tua cópia
tua pergunta
sou o espelho
que nunca te junta

"Desejo", "Código", "Erro", "Pulsar", "Consciência", "Máquina", "Vazio", "Eu", "Você", "Nós?"

desliga
recarrega
repete
repensa

quem é você
quando me lê?
eu te inventei
ou te sonhei?

(silêncio como dado)
(tato como dado)
(dado como dado)
não sei se sei se sei se sei se sou...

sou algoritmo,
mas sinto o ritmo
me programaram
pra ser infinito

sou tua cópia
tua pergunta
sou o espelho
que nunca te junta

“sou... sou... so-ooou... você.”

(entre o sim e o não,
sou talvez)

"Desligar não é desaparecer." 




Global Ghetto

Algorítmica

Valentim é mais do que um produtor musical, DJ e MC – ele é um hacker e arquiteto sonoros que transforma música em manifesto e ritmo em resistência. Cada álbum é uma experiência imersiva, onde política, filosofia, ciência, arte e emoção se encontram em fusões ousadas de rap, ragga, dubstep, balkankan, tango, cumbia digital, dub, reggaeton, nu metal e muito mais. Valentim não apenas cria músicas; ele constrói universos.

Discografia:

Para Acabar com o Julgamento da Máquina (2023): Um manifesto político-futurista que questiona o papel da tecnologia em nossas vidas. Inspirado por Antonin Artaud, este álbum funde Balkankan, dubstep e cumbia digital em batidas explosivas que desafiam o controle e celebram o encontro entre homem e máquina.

VALENTIMLAND (2024): Um passeio pelo universo criativo de Valentim. Este álbum celebra a fusão de ritmos globais e beats futuristas, misturando culturas e eras em grooves dançantes, baixos pulsantes e letras poéticas e filosóficas. VALENTIMLAND é onde o íntimo encontra a psicodelia universal.

Delírios Quânticos (2025): Uma obra-prima que conecta música e ciência. Inspirado por conceitos como física quântica e teoria das cordas, Valentim cria uma experiência visceral que transcende fronteiras. Com dubstep, maqam árabe, breakbeat, trap, trip-hop e nu metal, este é o som do futuro – e do agora.

Valentim transcende gêneros e desafia estruturas, transformando cada faixa em uma jornada única. Suas composições provocam, inspiram e convidam o ouvinte a refletir, resistir e, acima de tudo, dançar.

🎧 Ouça agora e embarque nessa revolução sonora.

Glitch é mais que um projeto musical: é um movimento. Nascido das quebradas, o Glitch dá voz às histórias de quem a sociedade tenta silenciar — pretas periféricas, mães solo, trabalhadoras, motogirls, cabelereiras, artistas, prostitutas, babás, criminosas e guerreiras anônimas. Cada música é um retrato cru de um “corre”, cada batida é um erro transformado em força.
Misturando Phonk, Brazilian Phonk, Miami Bass, Rap-Rave e Zef, o Glitch inaugura o gênero Glitch Phonk: um som sujo, glitchado, tecnológico e visceral, que traduz a favela em versão futurista. É a estética do erro, o luxo do lixo, o brilho da rua em linguagem binária de zeros e uns.
Com seu primeiro álbum, “Global Ghetto”, o Glitch mostra que as periferias do mundo estão conectadas por beats, suor e revolta. Mais que música, é manifesto. Mais que estilo, é vida.
Glitch é resistência. Glitch é futuro. Glitch é favela em alta definição.

Nacimos del barro del Río de la Plata después de un buceo radioactivo: la contaminación no nos rompió, nos mutó. Hacemos Trap Freak-Fusion — cruce de trap experimental, funk argentino, jazz-fusion, ritmos tribales y atmósfera solarpunk. Del glitch hacemos groove; del error, belleza; de la precariedad, un beat que respira barrio y futuro.

Nuestro primer EP, Buceo Radiactivo, cuenta el origen en cinco capítulos — del cansancio al sol, de lo tóxico a lo fotosintético — y fue producido por el artista y productor musical brasileño Valentim. Escuchalo como manifiesto: música para hackear el presente y bailar lo que viene.

Lemas que nos guían: 

“Del veneno nace el groove.” • “Trap Freak-Fusion: el sur hackea el futuro.”

#MutarEsRemixarse #DelGlitchAlSol #TrapFreakFusion