Nesta terça-feira, 31 de janeiro, o professor de Direito Internacional da Faculdade de Direito da UFMG Aziz Tuffi Saliba participou do programa Conexões. Ele explicou os requisitos que um crime deve cumprir para ser tipificado como genocídio e analisou as possibilidades no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado da prática devido à situação de saúde crítica em que o povo Yanomami foi colocado desde seu mandato como chefe do Executivo, além da atuação do ex-mandatário perante a pandemia da covid-19.

Entenda o que é o crime de genocídio e quais as possibilidades nas acusações contra Bolsonaro

Nesta quinta-feira, 31 de maio, o escritor e professor associado de Literatura Brasileira na Universidade Estadual de Ponta Grossa Miguel Sanches Neto conversou com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário.

O autor que comemora 30 anos de carreira abordou a inspiração que o levou a escrever ‘Inventar um avô’, o intenso processo de pesquisa tanto no Museu da Imigração de São Paulo quanto a atuação em campo em cidades do interior e do litoral paulistas. Ele também detalhou o processo de escrita, iniciado em 2015, as estratégias utilizadas e as modificações que o texto sofreu. 

O escritor destacou que o romance tem relação com sua vida, mas não é autobiográfico e busca contar um pouco da história das famílias de imigrantes que chegavam da Europa ao Brasil analfabetos e desapareciam em regiões sem oportunidade de estudos. “O romance ‘Inventar um avô’ nasce dessa ausência: ausência de história, de documentos, de narrativas, mas principalmente a ausência de linguagem. Então, essa é a motivação da escrita desse romance”, esclareceu.

Miguel Sanches Neto cria ficção sobre a busca por um avô perdido e a história da imigração espanhola

Nesta segunda-feira, 29 de maio, o doutor em Ciência Política pela UFMG, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e coordenador do grupo de pesquisa Política e povos indígenas nas Américas (POPIAM), Leonardo Barros Soares, participou do programa Conexões. Ele fez uma análise do Projeto de Lei  490 de 2007, o chamado PL do marco temporal, que teve requerimento de urgência aprovado para sua votação na Câmara dos Deputados, que deve acontecer nesta semana. O texto esta
beleceria que apenas as terras já ocupadas por povos indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, poderiam ter sua demarcação reivindicada. O professor alertou para os prejuízos que o projeto pode trazer, se aprovado, não só para os povos indígenas, mas para todos os brasileiros.
 
‘A gente não pode dourar a pílula, se esse projeto for aprovado, vai ser um desastre. Em primeiro lugar, para os povos indígenas, em segundo lugar, para a proteção ambiental no Brasil e para o meio ambiente de um modo geral, e em terceiro lugar, para todos os brasileiros não-indígenas. Porque se a gente tem a proteção ambiental vulnerabilizada e se a gente permite a perpetuação de um estado de coisas, vide o caso dos Yanomamis, um cenário de vulnerabilização das terras indígenas, se a gente permite isso, nós também somos afetados, a nossa vida na cidade também é afetada. Às vezes, a gente não pára para pensar um pouco sobre isso e não é um tema só dos indígenas, mas de toda a sociedade brasileira.’, ressaltou o professor.

PL do Marco temporal:‘Se for aprovado, vai ser um desastre’, alerta professor da UFV Leonardo Soares

Nesta quinta-feira, 1º de junho, o escritor, arquiteto e urbanista Chico Fonseca participou do programa Universo Literário. O convidado deu detalhes de seu livro de estreia, a construção do enredo e a história real que inspirou a escrita da obra. Ele também abordou como a narrativa envolve questões como ancestralidade, racismo, LGBTfobia e fatos históricos, além de comentar sua relação com a literatura ao longo da vida e como chegou à publicação do primeiro livro, iniciando a carreira literária.

Romance de estreia de Chico Fonseca retrata relação de um casal interracial de mulheres nos anos 60

Nesta quarta-feira, 31 de maio, o ator do Grupo Galpão e diretor de ‘Cabaré Coragem’, Julio Maciel, conversou com o apresentador Luiz Fernando Freitas, no programa Noite Ilustrada.

Maciel comentou sobre as complicações do período da pandemia para a classe artística em geral e contou como surgiu o novo espetáculo, a partir da palavra “cabaré” e os vários significados que carrega, o que se reflete na montagem. Ele também abordou a participação que o público terá na peça e falou sobre a parte musical e o enredo, apresentando uma trupe decadente que, apesar das dificuldades, ainda reafirma a arte como lugar de identidade e permanência.

‘Cabaré Coragem’, primeiro espetáculo do Grupo Galpão depois do isolamento pandêmico estreia em BH

Nesta quinta-feira, 1º de junho, o economista de formação, pesquisador de mobilidade urbana, integrante do movimento Tarifa Zero BH e doutorando pela Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG André Veloso participou do programa Conexões.

Ele detalhou e analisou o acordo firmado entre a Prefeitura, a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte e as empresas de ônibus para que a passagem passe dos atuais R$ 6,00 para o valor praticado antes do aumento de 23 de abril, R$ 4,50. O pesquisador explicou como é calculado o valor do subsídio que o poder público vai pagar às companhias e as contrapartidas que elas terão que assumir. Veloso destacou que ainda é necessário avançar para um modelo em que o executivo tenha maior controle das empresas, o que não acontece hoje, mas a mudança da forma de financiamento do sistema de transporte estabelecido pela Lei 11.458, de março de 2023, já é um importante avanço.

'Antes era financiado por passageiro pagante, ou seja, existia um incentivo para as empresas transportarem o máximo de pessoas no menor número de veículos possível porque a receita delas era por passageiro pagante e qualquer ônibus rodando na rua é custo para elas. E agora a lei estabelece que a remuneração é por quilômetro rodado, ou seja, você pega no final do mês quantos quilômetros a empresa fez, cada consórcio fez e paga o valor estabelecido por quilômetro. Isso, na teoria, é um incentivo para que as empresas deixem de superlotar os ônibus porque o quilômetro vale o mesmo tanto, seja nas madrugadas, seja aos domingos, aos finais de semana ou no horário de pico. É uma mudança muito importante para começar a reverter o colapso do sistema de transporte coletivo que está colocado', defendeu o doutorando.

Pesquisador da UFMG André Veloso analisa acordo que retoma tarifa de R$ 4,50 para ônibus em BH

Nesta quinta-feira, 1º de junho, a pesquisadora e curadora da mostra “O cinema de Ousmane Sembène”, Janaína Oliveira, participou do programa Noite Ilustrada. Ela destacou a importância do diretor senegalês para o cinema e contou mais sobre a programação da mostra.

Ousmane Sembène, cineasta africano pioneiro, é celebrado com mostra no Cine Humberto Mauro

Nesta sexta-feira, 2 de junho, a escritora, revisora de textos e editora de poesia da revista Chama, Val Prochnow, conversou com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário.

A poeta falou sobre seu novo livro, 'depois a noite'. A segunda publicação da autora reúne textos escritos em dois momentos: uma parte é de 2015, após a perda do primeiro companheiro, tendo ela revisitado os versos em 2020; os outros poemas, que compõem a maior parte do livro, foram feitos em 2019 e 2020 sob o impacto de duas experiências radicais e praticamente simultâneas na trajetória da escritora - o nascimento do filho e a morte da mãe, pouco tempo depois. 

Val Prochnow refletiu sobre como foi tratar vida e morte nas poesias, temas tão próximos, mas às vezes vistos como opostos. Ela abordou o processo de escrita, revisita e revisão dos textos, além de comentar seu grande interesse pelo universo feminino, que se revelou, sobretudo, na criação de seu primeiro livro ‘Inventário de mulheres possíveis’, em 2017, e segue acompanhando a autora.

Mineira Val Prochnow lança livro de poemas com reflexões sobre a vida e a morte, 'depois a noite'

Nesta sexta-feira, 2 de junho, o doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com pós-doutorado no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que pesquisa atualmente práticas baseadas em evidências para o autismo e descobriu o próprio diagnóstico de autismo na fase adulta, Lucelmo Lacerda, participou do programa Conexões. 

Ele abordou os principais sinais da manifestação do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e destacou como é fundamental que a condição seja diagnosticada o mais cedo possível para que a pessoa tenha o máximo de qualidade de vida. O convidado também comentou porque os casos de diagnóstico tardio, como o dele próprio e o da cantora Sia, identificada como autista aos 47 anos, têm sido cada vez mais comuns na atualidade.

“No meu caso específico, eu tive o meu filho Benício há quinze anos e por volta dos três anos e meio ele foi diagnosticado com autismo, eu não fazia a menor ideia de que eu me encontrava nessa condição, até porque ele tem uma forma mais severa de autismo, ele não fala. Alguns anos depois, eu decidi estudar o tema e fazer divulgação científica. Quando isso aconteceu eu comecei a estudar outros casos diferentes do meu filho, casos que estavam também na faixa mais leve do autismo. E aí, aos poucos, eu fui percebendo que aquilo também era uma descrição que cabia na minha própria experiência pessoal. Depois, quando comentei com pessoas mais próximas todas elas ou grande parte achavam que eu já tinha o diagnóstico só não gostava de falar porque as pessoas achavam que era mais ou menos óbvio e isso é interessante”, relata

Pesquisador autista diagnosticado adulto destaca sinais e importância de identificar a condição cedo

A Rádio UFMG Educativa é uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com transmissão de programação diária na frequência 104,5 FM, para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e on-line, pelo site http://ufmg.br/radio. Inaugurada em 6 de setembro de 2005, a emissora oferece uma programação diferenciada e alternativa aos formatos e gêneros musicais já existentes no mercado. Referência em produção radiofônica entre as rádios universitárias do país, a UFMG Educativa tem a missão de dar visibilidade à produção de conhecimento da Universidade, por meio da comunicação pública da ciência e do fomento à discussão constante de temas relacionados à educação e à cultura. A emissora está vinculada ao Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom) e é composta pelos núcleos de Jornalismo, Operações e Programação.