STF pode mudar o futuro das concessionárias de veículos no país?

A Volkswagen vai investir R$ 9 bilhões na sua operação local até 2028, e este aporte, para além das cifras, representa a aposta concreta da empresa nas tecnologias locais de descarbonização enquanto, no mundo, sua estratégia aponta para a eletrificação pura dos seus veículos.

Nesta edição do Radar Podcats, a equipe da Automotive Business analisa as ideias presentes nas entrelinhas do investimento anunciado pela companhia. Dentre eles, a oportunidade de brigar mais forte no segmento de picapes e, também, de chegar em pé de igualdade com outras montadoras no segmento de híbridos.

O anúncio da montadora foi um dos mais representativos de um ano que acaba de começar. Envolto em grande expectativa em torno dos valores, ele acabou acontecendo na história fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e contou com a presença do presidente Lula, que circulou pela fábrica em uma versão singular do sedã Virtus.

"O Brasil voltou a ser levado em conta. Se tiver uma inauguração de uma fábrica de palito de dentes, eu estarei lá. É preciso passar otimismo de que as coisas estão acontecendo e vão acontecer”, disse o presidente na oportunidade.

Com dinheiro em caixa, Volkswagen vai brigar no topo do mercado brasileiro?

A quarta edição da pesquisa Diversidade no Setor Automotivo, estudo pioneiro da Automotive Business, revelou que o tema ainda se mostra como um grande desafio para a indústria e toda a sua cadeia. O mais novo episódio do Radar Podcast debruça sobre os dados, um tanto quanto decepcionantes, deste levantamento.

No programa, a editora executiva da AB, Giovanna Riato, o editor de soluções de conteúdo Fernando Miragaya e o repórter multiplataforma Vitor Matsubara debatem porque a diversidade ainda caminha de forma lenta no setor automotivo. A maioria dos indicadores da pesquisa apontou crescimento tímido, lento ou mesmo declínio em alguns tópicos, como políticas para inclusão de mulheres ou participação de negros em cargos de liderança.

Isso em uma época em que a pauta ESG é sempre enaltecida por fabricantes e grandes fornecedores da cadeia automotiva. Desta forma, o episódio do Radar também destaca os desafios e os caminhos que as empresas têm para serem mais diversas. E os frutos que que podem colher no futuro com políticas inclusivas.

Diversidade e inclusão caminham a passos de tartaruga no setor automotivo

A onda de investimentos vista no primeiro trimestre do ano alcançou seu ápice com o anúncio da Stellantis: R$ 30 bilhões até 2030 para financiar a transição da sua oferta para a era do powertrain eletrificado.

Nesta edição do Radar Podcast, a equipe da Automotive Business analisa não apenas esse que foi o maior investimento de uma montadora no país em cifras, mas também o contexto em que ele, e os anunciados pelas demais fabricantes, estão inseridos.

"Todas as montadoras que estão anunciando novos ciclos de investimentos estão preocupadas com essa onda da eletrificação. Elas têm que estar preparadas para isso", comentou a estreante na bancada do podcast da AB, a repórter Ana Paula Machado.

Um dos questionamentos feitos nesta edição é sobre o tamanho dos investimentos anunciados frente ao faturamento das montadoras. Nesse sentido, é possível que os aportes sigam no mesmo patamar, em torno de 5%.

De qualquer forma, o momento é visto como algo a se comemorar. A Anfavea, que é a associação que representa as montadoras no país, estima que neste ano serão anunciados R$ 100 bilhões em investimentos para ciclos até 2030.
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Link para matérias citadas:

Governo cria programa Mover, segundo ciclo do Rota 2030 
https://automotivebusiness.com.br/pt/posts/setor-automotivo/regime-automotivo-mover-segundo-ciclo-do-rota-2030/

Primeiro veículo híbrido da Stellantis será um modelo de volume, diz CEO 
https://automotivebusiness.com.br/pt/posts/setor-automotivo/primeiro-veiculo-hibrido-da-stellantis-sera-um-modelo-de-volume-diz-ceo/
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#stellantis  #investimentos 
http://www.automotivebusiness.com.br

Investimento da Stellantis coroa momento épico das montadoras no país?

Segundo a Ipsos, entre 2013 e 2019, 44% das novas habilitações para dirigir foram obtidas por mulheres. Ainda assim, na hora da manutenção, as oficinas são pouco inclusivas a esse público. Seja por falta de treinamento ou pela bagagem masculina que esses ambientes carregam, é comum que o público feminino não se sinta acolhido nesses espaços.

Bárbara Brier se deu conta desse gargalo em 2016 e fundou a Oficina Amiga da Mulher. A empresa nasceu para treinar elas em mecânica e evitar, assim, que fossem enganadas para pagar mais caro na manutenção do carro. Em pouco tempo, no entanto, a fundadora percebeu que o trabalho precisaria passar por oferecer o treinamento e promover mudança cultural das oficinas.

“Não adiantava apenas ensinar mecânica para mulheres. Eu precisava ensinar as oficinas a atender mulheres”, resume a empreendedora, que é a primeira entrevistada desta temporada do Lideranças Diversas, podcast que destaca o ponto de vista feminino, de profissionais LGBTI+, pessoas negras, entre outros perfis ainda subrepresentados no setor automotivo.
Na oficina mecânica por acidente 

Apesar da paixão pela carreira que segue, Bárbara foi parar no universo da mecânica meio sem querer. Passou em um curso técnico ainda adolescente e, apesar de ser minoria na sala tão aula masculina, se envolveu pelo assunto. “A mecânica me escolheu”, brinca.

Mais tarde, concluiu a formação como tecnóloga em gestão da produção industrial em paralelo com o início da carreira na fábrica da Stellantis, em Betim (MG). “Apoiava a parte de assistência técnica, com a engenharia reversa quando surgia um problema, apoiando a área comercial e a rede de concessionárias”, conta. 

Com o tempo, ela diz ter ficado claro que existiam desafios no pós-venda e na manutenção dos carros em relação à inclusão feminina e decidiu largar a certeza do emprego fixo para empreender com a Oficina Amiga da Mulher.

Nesta entrevista, Bárbara fala dessa jornada, dos desafios, sonhos e do que ainda pretende realizar.

Conheça a história da Oficina Amiga da Mulher, que torna o pós-venda mais inclusivo

Um dos maiores festivais de inovação, tecnologia e criatividade do mundo, o South by Southwest (SXSW) é visto como o marco zero para entender tendências e ouvir os maiores especialistas dessas áreas. Um evento focado em oferecer conteúdo de qualidade, mas que acaba por gerar um forte networking.

Este ano, Automotive Business participou de tudo em Austin, nos Estados Unidos, para acompanhar as novidades e conferir o que os principais pensadores do mundo têm a dizer e seus possíveis impactos no ecossistema da mobilidade. E esse é o tema desta edição do Radar Podcast.

Paula Braga, CEO de Automotive Business, e Giovanna Riato, editora-chefe, conversam com o repórter Bruno de oliveira sobre o que o que é o SXSW, quais tendências o evento indica e, claro, qual é a importância de elevar a presença do setor automotivo no festival.

Em discussão, o avanço acelerado da inteligência artificial, seus dilemas éticos e potenciais efeitos na lógica da indústria. A conversa passa ainda por veículos autônomos, carros voadores e pelo panorama para a saúde mental das pessoas e transformações na dinâmica das organizações e do mundo do trabalho.

O bate-papo cita questões como o porquê a Nasa é uma referência interessante para o setor automotivo, a abordagem da Uber no evento e a maior presença do ecossistema da mobilidade nesta edição.

Saiba quais são as principais lições do SXSW para o ecossistema da mobilidade

"Espelho, espelho meu. Existe um primeiro trimestre similar ao meu?", pergunta o ano de 2024 ao oráculo. "Sim, existe. O do ano passado", responde o espelho.

Os três primeiros meses do ano do setor automotivo foram praticamente similares em números e conjuntura ao mesmo período do ano passado: vendas que não decolam, produção estagnada e exportações minguantes.

Há quem diga que o saldo é positivo: afinal, diante de tantos entraves comerciais, as montadoras e distribuidores estão observando fluxos nas linhas e no balcão.

Por outro lado, há quem observa uma indústria e um mercado dormentes, em funcionamento apenas para atender uma fração da demanda que outrora fora mais pujante.

Saudosismo ou otimismo, o fato é que interlocutores do ecossistema automotivo não estão conformes a respeito do que hoje constitui o mercado e a produção de veículos no país. É preciso crescer mais.

Neste episódio do Radar Podcast, a equipe da AB comenta os resultados do setor nos três primeiro meses do ano, suas similaridades com outros períodos e o que deverá ocorrer pela frente.

Setor automotivo andou de lado no primeiro trimestre

A Toyota começou a dar cor e forma ao seu investimento na região, anunciado no primeiro trimestre. Em resumo, tem mudança de endereço e novos produtos no horizonte.

Nesta edição do Radar Podcast, a equipe da AB analisa justamente esses próximos movimentos da montadora, que devem mexer com o mercado.

Em termos de produtos, um possível Yaris Cross deverá ser produzido em Sorocaba (SP) para levar a empresa a disputar fatia no concorrido segmento de SUVs compactos.

Há também grandes chances da montadora adicionar ao seu line-up regional um modelo de picape média, nos moldes do que se costuma dizer por aí à boca pequena: uma anti-Toro.

Outra novidade que chegou na esteira do novo investimento é a concentração da produção de veículos na fábrica de Sorocaba, o que pode significar o adeus à unidade de Indaiatuba (SP), também conhecida como "fábrica do Corolla".

Tudo isso, e algumas coisas mais, vocês poderão conferir nesta edição, que foi conduzida por Fernando Miragaya e Vitor Matsubara, com os cuidados técnicos de Luis Prado e Marcos Ambroselli.

O despertar da Toyota: no páreo com SUV e picape médios

Confortável. Esta foi a palavra mais usada pela CMO da General Motors na América do Sul, Christianne Rego, durante a entrevista desta edição do podcast Lideranças Diversas.

O termo não foi empregado para caracterizar o trabalho que a executiva lidera à frente da operação regional de uma das principais montadoras do mundo, cujos desafios podem ser dimensionados pelo leitor.

Mas sim para ilustrar que uma carreira pautada em decisões sólidas e correção rápida de equívocos pode, sim, passar sensação de conforto aos profissionais que trilharam suas jornadas com base nesses valores.

"Me sinto muito confortável com as decisões que tomei ao longo da carreira, não me arrependo de nenhuma", disse a executiva, que tem larga experiência em posições de liderança em empresas varejistas.

Neste novo desafio, à frente do departamento de marketing da GM na América do Sul desde 2022, a executiva tenta trazer um pouco desse legado para o universo dos veículos, apesar das particularidades de cada um.

"Os ciclos dos produtos são diferentes, mas o que há de comum entre os setores é que a jornada do consumidor no processo de compra está cada vez mais rápida. E precisamos entender isso", contou a CMO.

Do varejo à General Motors: Chris Rego mostra como um setor pode aprimorar o outro

De todas as grandes montadoras com fábrica no Brasil, a Honda foi a última a anunciar um investimento no país. 

A empresa confirmou um aporte de R$ 4,2 bilhões no ciclo de 2024 a 2030 em sua operação de automóveis, mais precisamente na fábrica de Itirapina, no interior de São Paulo.

Nesta edição, a equipe do Radar Podcast debate sobre os próximos passos da Honda no país e como a empresa pretende conquistar seu espaço em meio a um segmento cada vez mais disputado como o de SUVs compactos de entrada.

É nele que vai brigar o novo WR-V, cuja produção foi confirmada para o segundo semestre de 2025. Lançado na Ásia em 2023, o modelo é bem diferente de sua antiga geração, que foi desenvolvida no Brasil com base no antigo Fit.

A decisão de vendê-lo por aqui aproveita o bom momento da categoria de SUVs compactos de entrada. Além de Fiat Pulse e Volkswagen Nivus, o Renault Kardian acaba de chegar para a briga.

Além do novo WR-V, a Honda pretende investir recursos no desenvolvimento da tecnologia híbrida flex, atualmente dominada pela arquirrival Toyota. Até nome a novidade já tem: e:HEV flex.

O aumento da capacidade produtiva de Itirapina também está no radar da Honda. Segundo a empresa, isso ocorre de forma gradativa desde abril. Além disso, a montadora vai ampliar seu quadro de funcionários em 1.700 postos de trabalho, passando dos atuais 3.500 funcionários para aproximadamente 5.200 colaboradores.

Esses e outros temas foram debatidos nesta edição do Radar Podcast, que teve a participação de Fernando Miragaya e Bruno de Oliveira, com o suporte técnico de Luis Prado e Marcos Ambroselli.

Setor automotivo andou de lado no primeiro trimestre

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